USINA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE
O projeto de construção da Usina Hidrelétrica de Belo
Monte surgiu há mais de
trinta anos, ainda no período de ditadura militar. O projeto foi engavetado em
1989, sob pressões de grupos indígenas liderados pelo cacique Raoni e o cantor
Sting, ex-vocalista da banda “The Police”.
A hidrelétrica de
Belo Monte possuirá uma capacidade para abastecer mais de 26 milhões de
habitantes. A construção da hidrelétrica ocupará
as regiões dos municípios paraenses de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador
José Porfírio e Vitório do Xingu.
O lago gerado pela
usina terá 516 km² de área, inundando 51.600 hectares de floresta, deixará
submerso parte do Xingu (Volta Grande) e um terço de Altamira. A instalação da
usina desalojará mais de 20 mil pessoas, mas gerará cerca de 80.000 postos de
trabalho na sua construção.
Estima-se que a
hidrelétrica de Belo Monte produzirá 11.233 MW de energia em épocas de cheias,
que compreendem a quatro meses ao ano, e 4.000 MW nas épocas de baixa.
Segundo a professora
Sônia Barbosa Magalhães, da Universidade Federal do Pará, em análise crítica ao
Estudo de Impacto Ambiental (EIMA-RIMA) de Belo Monte, a obra gerará sérias
consequências:
- Inundação constante dos igarapés de Altamira,
no lugar da inundação sazonal;
- Redução da vazão da água e bloqueio do
transporte fluvial até o Rio Bacajá;
- Remanejamento de famílias locais;
- Alteração do regime do rio relacionado aos
meios bióticos e socioeconômicos;
Segundo a ONG WWF
, a construção da hidrelétrica de Belo Monte poderia ser substituída pela
repotencialização das usinas já existentes no país, pela redução do desperdício
no sistema de distribuição elétrica, além de investimentos em fontes limpas de
energia.
O leilão da
construção da usina gerou protestos de grupos indígenas, do Movimento Nacional
dos Atingidos por Barragens, com a participação do diretor do filme Avatar, o cineasta canadense James Cameron.
A barragem principal
da Usina de Belo Monte será construída no Rio Xingu, a 40 km da cidade de
Altamira. O projeto prevê a construção de duas casas de força, a principal será
instalada no Sítio Belo Monte e a secundária junto ao Reservatório do Xingu.
Entre os defensores
da obra está a chefia da Empresa de Pesquisa Energética. Segundo a empresa, a
Usina de Belo Monte gerará um investimento 19 vezes maior do que o orçamento
atual do estado do Pará. A EPE defende a proposta das obras que, segundo
estudos, atingirá um terço da área original a ser alagada.
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